segunda-feira, 25 de maio de 2009

Eu preciso tanto de te ter comigo

Eu? Porquê começar textos sempre com as mesmas palavras? Eu, tu, nós, porquê, como, sinto, sentes, imaginas, lembras-te, futuro, etc. Também eu o faço, tento sempre que os textos aos quais dou vida fiquem o mais bonitos possível. Mas porquê? Acho que será por culpa de existirem outros textos lindos. Preciso que digam que o meu também o é. Gosto que o digam. Mas gosto ainda mais de que a pessoas para a qual escrevi o texto goste. Se ela não gostar, mesmo que todas as outras gostem, de que me vale? É tão fascinante, tão puro, exprimir o que sentimos por palavras. É como uma história que podemos contar ao mundo, ao universo, tanto faz. E se, quando eu escrevo, quiser contar ao mundo de quem gosto? E se, não quiser que essa pessoa saiba? Mas eu não me sinto acanhada dos outros saberem. Tenho apenas receio da tua opinião, mais que qualquer outra, pois quando eu posso querer tudo, e tu podes não querer nada, eu perderia. Quando eu posso querer-te mais que qualquer outro, e tu não estares sequer interessado em amizade? É esse sentimento que dói, sem sequer arriscar, nem imagino o que seria arriscar, e tu não me aceitares. Ser renunciada dói. Mas eu sei que tenho de ter forças para seguir em frente. Para avançar. No entanto, é só contigo que o quero fazer. Porque tu, és quem eu amo. És quem eu quero aqui, comigo.

(todas as palavras do título estão no texto, é um anagrama)

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